|
Governo do Estado de São Paulo libera vacinação
contra a Laringotraqueíte
Infecciosa das Aves para todo o território
paulista
A resolução da Secretaria Agricultura e
Abastecimento autoriza utilização de vacina
recombinante que previne doença infecciosa das
aves e libera de medidas restritivas ao trânsito
desses animais no “Bolsão de Bastos” e no
município de Guatapará
O Estado de São Paulo é o maior produtor de ovos
do Brasil, com cerca de 35% da produção brasileira
e também um dos maiores produtores de carne de
frango, com cerca de 13% do País. O estado
contribui ainda para que o Brasil seja o segundo
maior produtor e o primeiro maior exportador
mundial de carne de frango, e atenda a quase 40%
da demanda mundial. Dados do Instituto de Economia
Agrícola da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento mostram que, em 2018, o valor de
produção paulista de carne de frango alcançou R$
3,97 bilhões e o de ovos atingiu R$ 2,92 bilhões,
um valor já expressivo, mas com grande potencial
de crescimento.
Considerando a relevância desse setor e a
necessidade de garantir segurança nessa atividade,
o Governo do Estado de São Paulo autorizou a
utilização da vacina recombinante contra a
Laringotraqueíte Infecciosa das Aves – LTI, em
todo o Estado, a critério do programa sanitário de
cada produtor ou empresa, em substituição à vacina
de vírus vivo.
A Resolução SAA Nº 6, assinada pelo Secretário de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo, Gustavo Junqueira, e publicada no Diário
Oficial desta quarta-feira (27), visa proporcionar
maior nível de proteção contra surtos de uma
doença que pode causar alta mortalidade de aves e
grandes prejuízos à produtividade da avicultura
paulista. Na ocorrência de surtos da LTI, a queda
na postura de ovos pode atingir 15% e a taxa de
mortalidade pode alcançar de 20% a 70% dos
animais.
A vacina de vírus vivo atenuada, anteriormente
usada pelos avicultores, apresenta o risco do
vírus vacinal sofrer mutação e reverter à
patogenicidade e, assim, ocasionar a doença. Com a
utilização da vacina recombinante, elaborada a
partir da inserção da parte imunogênica do vírus
vacinal em um vírus vetor, este risco deixa de
existir. “A utilização da vacina recombinante
contra a LTI em todo o território paulista
representará maior segurança sanitária para nosso
setor avícola e impulsionará o desenvolvimento
econômico da atividade”, disse o secretário
Gustavo Junqueira.
A nova norma, além de permitir o uso de vacina
recombinante nas aves, determina que caso estas
vacinas sejam utilizadas pelos produtores ou
empresas, as Guias de Trânsito Animal (GTA) devem
obrigatoriamente informar o uso da vacina. Ao
mesmo tempo, a resolução libera de restrição o
trânsito das aves vacinadas, qualquer que seja sua
finalidade, assim como de seus produtos e
subprodutos.
Já com relação aos municípios do Bolsão de Bastos
e de Guatapará, a norma obriga a utilização de
vacina recombinante contra a LTI. O Bolsão de
Bastos, constituído pelos municípios de Arco-Íris,
Bastos, Herculândia, Iacri, Inúbia Paulista, João
Ramalho, Lucélia,…
para que então seja possível a aprovação, pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), de um “Plano de Uso de
Controle da Vacina Viva TCO para LTI” que
considere a situação epidemiológica do caso em
questão.
Com o dispositivo ficam revogadas diversas
disposições em contrário, em especial, as
resoluções SAA n° 27/2003, n°43/2005, n° 55/2006 e
n° 58/2010, que normatizavam anteriormente os
procedimentos de prevenção e controle da LTI. |